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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Os Mistérios das Chaves na História, na Religião e nas Artes

A palavra "chave" aparece com sentido metafórico 
inúmeras vezes na Bíblia,
mas com sentido aparentemente mais político 
do que religioso.




No Evangelho de Mateus, no Novo Testamento, está escrito que Jesus disse a Simão, o pescador, que a partir de então passou ser chamado de Pedro:
"Bem aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, porque sobre ti edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus. O que ligares na Terra será ligado nos céus, o que desligares na Terra será desligado nos céus."
"Pedro" é, na verdade, o nome dado em português para se referir a "Petrus", que significava Pedra em latim, o idioma falado em Roma na época em que Jesus viveu, período em que Jerusalém estava sob o domínio do Império Romano. Com isto, o texto de Mateus nos faz entender, pelo menos de acordo com a tradução tal como ela nos é mostrada hoje, que Jesus já previa que a fundação de sua Igreja - hoje chamada Cristianismo (não necessariamente a Igreja Católica) - se daria a partir de Roma. Desta forma, ele chamou Simão de "Pedra" por considerá-lo a "pedra fundamental" para a implantação do que o próprio Jesus chamava de "Novo Reino" que estava para se iniciar.
Portanto, o que está escrito no capítulo 16, versículos 17 a 20, no Evangelho de Mateus, nos mostra que Jesus atribuiu pessoalmente a Pedro (para os católicos, "São Pedro") o poder de decisão para admitir o excluir membros da Igreja e para estabelecer ensinamentos - ou "dogmas" - e perdoar e condenar pecados. Os verbos "desligar" e "ligar" também aparecem com os mesmos sentidos no Apocalipse de João e tem sido usados com frequência pelos padres. Os católicos os entendem como poder atribuído por Jesus a "São Pedro" e aos papas. No entanto a própria Bíblia, mesmo a conhecida pelos católicos, não confirma, embora também não negue porque não há nela - nem poderia haver - referência alguma aos papas, já que a Igreja Católica só seria fundada muito tempo depois.
Os católicos acreditam que isto está confirmado com base na "Confissão de Pedro". Eles se referem a uma parte do Novo Testamento contido na "Vulgata" ("latim vulgar" em latim), em que Pedro, como apóstolo de Jesus, proclama seu Mestre como o "Cristo", o tão esperado Messias que viria para guiar e salvar o Povo de Deus segundo uma profecia já então milenar, desde os tempos dos antigos hebreus. No mesmo texto, Jesus aceita ser chamado de "Cristo" e de "Filho de Deus" e declara que esta foi uma revelação do próprio Deus a Pedro. Jesus então declara Pedro como líder dos apóstolos (não necessariamente de todos os cristãos), afirmando que o pescador é a pedra fundamental para o preparo para a vinda do "Novo Reino".
Ao que parece, naquela época o "livro de Isaías" - o último livro do Velho Testamento - já era bem conhecido entre os Judeus. Tudo indica que, ao atribuir tais poderes a Pedro, Jesus fez lembrar o que o livro de Isaías diz em 22:15 e nos capítulos 19 a 22: o primeiro-ministro de Israel no reinado de Ezequias é considerado indigno e destituído de seu cargo por Deus. Em seu lugar, assume o cargo Eliaquim, filho de Hilquias. Neste ponto, está dito que Eliaquim está destinado a receber "a Chave da Casa de Davi". Atualmente esta é também chamada de "Chave de Jerusalém" ou "Chave do Reino".
Nas ilustrações ao alto, "São Pedro" aparece em uma delas com das chaves numa das mãos: uma apontando para baixo e outra para cima, e o olhar voltado para cima. Na outra ilustração, ele está com uma chave em cada mão, ainda olhando para cima, e com uma chave apontada para baixo e a outra para cima. A terceira ilustração mostra a "Chave de Jerusalém", um artefato milenar encontrado em Jerusalém. Na Bíblia e em muitas culturas antigas e atuais, a palavra "chave", bem como o próprio objeto como símbolo, representa poder de autoridade. Entre nós, a palavra "chave" representa um objeto que abre portas, cadeados, etc., mas também pode ser, em biologia, uma descrição para identificar seres vivos. É também um sinal que identifica um tom musical. É, ainda, o nome dado a uma informação importante, já confirmada, que poderá levar à revelação de informações secretas. Martin Luther ("Martinho Lutero"), o sacerdote alemão que liderou o movimento reformista protestante na Idade Média, usava a palavra "chave" para se referir a poderes sociais e políticos exercidos pelos líderes da Igreja Católica. Colocada em posição vertical, o mesmo objeto assume o aspecto de uma chave.

No brasão do Vaticano
as duas chaves estão cruzadas
apontadas para baixo
e protegidas por um escudo.
no escudo,
há as figuras de um rei,
um urso e uma concha.
Conchas sempre simbolizam
proteção ou necessidade dela.
A palavra "clave", mais usada para se referir ao tom musical, é sinônima de "chave".  Vem da palavra "clavis", que é "chave" em latim, idioma do antigo Império Romano ainda hoje falado no Vaticano. Vem dela também o nome "conclave", que se dá ao grupo de cardeais que se reúnem para decidir quem será o substituto do papa depois que este morre ou deixa o cargo. "Conclave" vem de "cum clavis", que é "com chave" em latim. Significa também, portanto, que esses cardeais detêm a chave do poder que atribuirá poderes a uma pessoa destinada a ser o próximo papa. Ou seja: aquele que governará o Vaticano como Estado monárquico e, ao mesmo tempo, toda a Igreja Católica no mundo.
As culturas não cristãs nos mostram que a chave como símbolo de poder não é exclusividade dos cristãos. A figura "A" mostra um objeto representando um deus, encontrado por arqueólogos nas ruínas de uma cidade dos Astecas, civilização cujo império por milênios dominou a região atualmente ocupada pelo México. Na linguagem popular, "palavra chave" é uma expressão muito usada para nos referirmos a uma palavra que pode ser a abertura para algo que desejamos. Chamamos também de "peça chave" a um elemento qualquer que possa ser a solução para um problema. Quando nos referimos ao objeto propriamente dito, dizemos com mais frequência que a chave abre uma porta, um cadeado, etc., embora saibamos que ela também tranca portas, potões, etc. Parece-me que, embora não percebamos, o verbo "abrir" é predominante na nossa preferência. Preferimos ver a chave como objeto de acesso, não como objeto de impedimento, embora ela possa ser as duas coisas. Isto a torna ideal como símbolo de poder, de domínio, e é assim que ela é e sempre foi usada na política, nas religiões, nas discussões sobre questões sociais, etc.


Fontes:
  • A Bíblia
  • "The World's Religion", de diversos autores - Lion Handbooks, Reino Unido. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A "Operação Prato" - ou "Caso Roswell Brasileiro"

Detalhes do documento da Força Aérea
que é mostrado no documentário do History Channel,
que está no vídeo. 

Um dos casos 
mais polêmicos
da ufologia no Brasil
envolve a morte de um militar.
Para algumas pessoas, 

foi suicídio.
Para outras,

foi assassinato.



"Operação Prato" é o nome pelo qual ficou conhecida a polêmica operação militar realizada pelo I Comar (Primeiro Comando Aéreo Regional) da Força Aérea Brasileira, entre outubro e dezembro de 1977, para investigar aparecimentos e alegados ataques a pessoas por OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) em Vigia do Nazaré, Colares e Santo Antônio do Tauá, no estado do Pará. O caso ficou conhecido também como o "Caso Rowsell Brasileiro", numa comparação inadequada com o que ocorreu nos Estados Unidos em 1947. No caso norte-americano, tudo começou quando, na noite de 4 de outubro de 1947, um OVNI caiu num local próximo a Roswell, uma pequena cidade do estado do Novo México. No caso brasileiro, não há informação alguma sobre um OVNI que tenha caído. 
O caso brasileiro começou na Ilha dos Caranguejos, na baía de São Marcos, no estado do Maranhão. Ainda hoje a ilha, a maior do estado, é desabitada por ser sujeita a marés muito frequentes e repleta de cobras e mosquitos. Tudo começou no dia 25 de abril de 1977, quando quatro homens se dirigiram para ilha num barco para colher madeira. Depois do trabalho realizado, e por causa da maré baixa, os quatro homens permaneceram na ilha até por volta da meia noite, à espera de que a maré subisse para e o barco pudesse ser navegado para a volta para casa. Por volta das 20 horas, eles foram dormir dentro do barco.
Num dado momento, um dos homens acordou porque dois deles estavam reclamando muito, sentindo dores e com queimaduras no corpo. Todo o mistério começou aí. No entanto, o que atrai mais a atenção são as circunstâncias relacionadas à morte do militar Uyrangê Bolívar Hollanda Lima, mais conhecido como "capitão Hollanda". Para alguns depoentes, foi suicídio; para outros, assassinato. Veja no vídeo ta History Channel todos os detalhes dessa história que já foi tema do Globo Repórter (Rede Globo de Televisão) e de vários outros programas de TV. 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

David Duchovny diz que "Arquivo X" poderá voltar.

David Duchovny e Gillian Anderson,
protagonistas da famosa série da TV.
"Só terá acabado
quando um de nós morrer", 
diz o ator. 



Segundo o que foi publicado no site da revista "Rolling Stone", o ator americano David Duchovny disse que a série "The X-Files" ("Os Arquivos X"), que no Brasil foi exibida com o título "Arquivo X", poderá voltar. Ele interpretou o popularíssimo personagem principal da série, o agente especial do FBI, Fox Mulder. Segundo a revista, ele disse isto durante uma entrevista sobre o fim da série "Californication", na qual ele vinha interpretando o personagem Hank Moody, um escritor de sucesso de Nova York que vivia em Los Angeles tentando reconquistar uma mulher pela qual ele sempre foi apaixonado e, ao mesmo tempo, tendo que lidar com o comportamento de uma filha rebelde.
Segundo a "Rooling Stone", David Duchovny está se sentindo bem por encerrar a jornada de "Hank Moody", mas não esconde seu desejo de voltar a interpretar "Fox Mulder". Ele diz que é amigo de Chris Carter, o criador de "Os Arquivos X" , e da atriz Gillian Anderson, que interpretava a médica e agente do FBI Dana Scully, parceira de Mulder em suas investigações sobre objetos voadores não identificados, fenômenos paranormais e teorias de conspiração. Ele informou que atualmente Gillian está atuando numa outra série, que ainda é preciso uma demonstração de interesse da Fox, mas que Chris Carter já tem episódios prontos para a nova temporada de "Arquivos X". 
"Os Arquivos X" é considerada a série de TV mais popular do mundo desde os anos 1990. A série foi ao ar, inclusive no Brasil, pela Rede Record e pelo canal da Fox, em nove temporadas, de setembro de 1993 a maio de 2002. Tornaram-se muito populares também no Brasil as frases exibidas na abertura de cada episódio da série: "The thrut is out there" ("A Verdade está lá fora.") e "I want to believe" ("Eu quero acreditar"). Existem vários sites na internet nos quais todos os episódios podem ser assistidos gratuitamente. 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

"Illuminati" - O que se sabe realmente sobre eles?

O livro "Anjos e Demônios",
de Dan Brown,
e o filme baseado nele, 
resgataram o interesse de um grande público
sobre uma das sociedades secretas
mais polêmicas da história da humanidade.





Johann Adam Weishaupt
(1748-1830)
Na história contada por Dan Brown, o simbologista Robert Langdon (o mesmo personagem principal de "O Código Da Vinci") investiga o caso de um padre cientista assassinado. No decorrer da narrativa, Langdon descobre que por trás do assassinato está uma das sociedades secretas mais polêmicas do mundo, mas que ele pensava que não existisse mais: os "Illuminati". Embora seja uma ficção, a história contada no livro e no filme leva o leitor a crer que o objetivo dos "Illuminati" é impor uma "nova ordem mundial" através de uma espécie de verdadeira guerra contra a Igreja Católica, tentando destruí-la definitivamente. Mas quem são os Illuminati da realidade? 
A "Coruja de Minerva".
Por serem uma sociedade secreta, sabe-se pouco sobre eles, e muito do que as pessoas pensam que sabem não passa de suposições e especulações e afirmações sem embasamento histórico. Isto se complica ainda mais devido à existência, na Internet, de sites de várias pessoas ou grupos que se afirmam representantes dessa confraria, nem todos sendo dignos de crédito.
Em alguns sites, o nome da fraternidade está grafado erroneamente : Illuminatis. A palavra "Illuminati" vem do latim. Significa "Iluminados". A letra "i" no final da palavra representa o plural, não havendo, portanto, necessidade de se acrescentar o "s". A forma singular é "illuminatus". No entanto, essa denominação tem sido tomada ultimamente por grupos diversos, alguns reais e outros fictícios. 
Historicamente, o que se sabe sobre a verdadeira confraria original é que ela foi fundada na Baviera, na Alemanha, em 1.º de maio de 1776, baseada no Iluminismo, um movimento cultural da Idade Média que defendia uma reforma da sociedade através da cultura e do "poder da razão". Seus fundadores e membros acreditavam que somente por meio da razão   e do acúmulo cada vez maior de conhecimentos é possível identificar e operar conceitos, encontrar coerências ou contradições entre eles e resolver os principais problemas da humanidade. Por esta razão, a Coruja de Minerva foi um dos símbolos escolhidos para representar a confraria. Tradicionalmente, desde tempos remotos a coruja sempre foi uma ave vista como símbolo do conhecimento, e Minerva é o nome da antiga deusa da sabedoria da antiga Grécia.
O principal fundador foi Johann Adam Weishaupt, nascido na Baviera. Era filho de judeus. Seu   pai, Johann Georg Weishaupt, era um rabino judeu alemão que morreu quando ele tinha cinco anos de idade. Desde então, ele foi criado por seu padrinho, Johann Adam Freiherrvon Ikstatt, professor de direito na Universidade de Ingolstadt, cidade onde Johann Adam Weishaupt nasceu (1748). Ikstatt defendia o iluminismo e isto influenciou Weishaupt, que adotou as doutrinas iluministas através do racionalismo. O jovem Johann Adam Weishaupt estudou direito, economia, política, história e correntes gnósticas e da Maçonaria. Suas concepções conflitavam com as da Igreja Católica, que dominava toda a Europa na época, sob os pontos de vista religioso, social e principalmente político.
Atualmente, devido a uma enxurrada de informações, nem todas verdadeiras, e muitas delas alimentadas por filmes e seriados de TV, os Illuminati são interpretados como uma suposta organização conspiratória que visa controlar os assuntos secretos de governos. Segundo esta nova versão da confraria, entre seus objetivos está o estabelecimento do que chamam de "Nova Ordem Mundial". Isto complica ainda mais o entendimento geral, pois existem vários conceitos históricos sobre o que pode ser uma "Nova Ordem Mundial". Um deles diz tratar-se relações socioeconômicas resultantes da Guerra Fria. Outro, que é um sistema político e social nos moldes do que os nazistas tentaram estabelecer na Europa. Outro se refere à fé Bahá'i, afirmando que se trata de um sistema de ensinamento dessa religião. Entretanto, o conceito que parece atrair mais os interessados em "teorias da conspiração" é este: a "Nova Ordem Mundial da Informação e da Comunicação", um projeto internacional que visa reorganizar os fluxos globais de informação e comunicação por meio de ações governamentais, empresariais, etc. O fato é que, pelo menos ao que parece até, tudo isto não passa de especulações. Quanto às "provas" que algumas pessoas afirmam que existem, ainda parecem apenas questões de pontos de vista.

Fontes:
  • "The World Almanac and Book of Facts" ("O Almanaque e Livro Mundial dos Fatos") - publicado pela K-III Communication Company , dos Estados Unidos.
  • "Almanaque Abril-Mundo", da Editora Abril. 
  • "Anjos e Demônios", de Dan Brown - Editora Sextante. 
  • Ilustrações: Wikipedia e Arquivo Google.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Os Misteriosos Arcanos - Que mensagens eles nos trazem?

Eles estão presentes
em cartas de tarô,
histórias em quadrinhos
e até em igrejas.



Mas, afinal, o que são os arcanos? Que mensagens eles nos transmitem ou tem o objetivo de nos transmitir? Nas cartas de tarô, há os Arcanos Maiores e os Arcanos Menores, sendo que algumas dessas cartas são marcadas com números em algarismos romanos ou arábicos. Com esses mesmos algarismos também são marcados os títulos de reis, imperadores e papas  - D. Pedro I, D. Pedro II, imperadores do Brasil; Henrique III ("Henry III"), Elizabeth II, rei e rainha da Inglaterra; os papas João 23, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento 16, etc. Esses números identificam pessoas que receberam títulos homenageando pessoas com esses nomes que os antecederam, mas também são chamados "números arcanos". 
"Arcano" é uma palavra proveniente do latim ("arcanus") que significa "misterioso", "enigmático".  No Tarô, os arcanos são cartas de baralho que representam algo oculto ou desconhecido. O baralho contém 78 cartas divididas entre "Arcanos Maiores" e "Arcanos Menores". O significado de cada conjunto de cartas é relacionado mais importantes (Arcanos Maiores) e menos importantes (Menores). Os Arcanos Maiores são as 22 cartas principais.
Os arcanos estão presentes em nossas vidas com muito mais frequência do que as pessoas costumam imaginar. Estão nas marcas das roupas, nas embalagens dos produtos que consumimos, em logomarcas, logotipos, no exterior e no interior de igrejas, em histórias em quadrinhos, em filmes, etc. Não estou me referindo a supostas "mensagens subliminares" como dizem que existem por aí. Quando você vê, por exemplo, a marca que aparece na ilustração abaixo numa peça de vestuário ou num calçado, você sabe que se trata de um produto fabricado pela Adidas. Mas talvez esse logotipo lhe revele mais do que o nome da empresa fabricante. Se você já usou produtos da Adidas e gostou, lembrará da qualidade dos produtos que você já conhece e provavelmente achará que valerá a pena comprar aquele. O logotipo tem, portanto, uma mensagem oculta que você não percebeu, mas lhe convenceu. Por isto, ele é um arcano.

 
Arcanos são, portanto, mensagens "mostradas" mas nem sempre "reveladas". Ou seja: você vê a mensagem através de um símbolo, mas não a percebe. Eles estão em imagens de santos, nas paredes das igrejas, nas figuras que decoram as catedrais interna e externamente, em capas de livros, nos carros, nas motocicletas e em cerca de 90% de tudo que você usa e consome todos os dias. Estão presentes até nas músicas que ouvimos.
Você duvida? Repare que tem gente que não gosta de músicas que não sejam cantadas em português, mas gostam de ouvir músicas apenas instrumentais (aquelas que não são cantadas, apenas executadas por bandas ou orquestras). Se essas pessoas gostam de ouvir canções em português porque entendem o que a letra diz, elas talvez não percebam, mas recebem a mensagem contida na música instrumental que lhe agrada. 

domingo, 20 de abril de 2014

Cientistas Garantem que Encontraram o Santo Graal

A relíquia mais procurada 
e mais polêmica do mundo
pode ter sido encontrada
em León, na Espanha.  



Uma reportagem mostrada ontem (domingo, 20 de abril de 2014) no Fantástico (Rede Globo de Televisão) informou que um grupo de cientistas espanhóis garantiu que encontrou o Santo Graal. A relíquia histórica e religiosa mais polêmica do mundo - e também a mais procurada nos últimos dois mil anos - pode ter sido encontrada na cidade de León, no noroeste da Espanha. Por motivos óbvios, é claro se isto for verdade, o que será mostrado a turistas que se dirigirem ao local para vê-lo será uma imitação, não o cálice original. No entanto, isto não significará que ele não tenha sido encontrado. 
A história do Cálice Sagrado tem atravessado gerações e gerações desde quando Jesus foi crucificado. Conta a tradição que este cálice foi o que Jesus usou ao tomar vinho com os apóstolos em sua famosa "Última Ceia". A mesma tradição diz que, quando Jesus agonizava na cruz, José de Arimateia, com o mesmo cálice nas mãos, aproximou-se da crus e usou o objeto para guardar parte do sangue proveniente das feridas do Cristo. Veja as histórias e lendas sobre o Santo Graal aqui: O Santo Graal - Que segredos ele pode revelar? Veja também nos dois vídeos acima a história da procura pelo cálice desde sua origem. 
A revelação contida no livro que foi lançado na semana passada pode atrair para a pequena cidade de León turistas e peregrinos provenientes de diversas partes do mundo. Na cidade, existe a Basília de Santo Isidoro. Atualmente á basílica é um museu e, segundo os cientistas, é nela que o Santo Cálice está guardado. Objeto central de vários filmes de ficção científica, tema do livro "O Código Da Vinci", de Dan Brown, mencionado até num dos filmes das aventuras de Indiana Jones, citado numa das histórias do rei Arthur, O Santo Graal é um dos objetos mais cobiçados do mundo, inclusive por acreditar-se que nele podem ser encontrados segredos que a Igreja Católica vem mantendo há séculos.
A primeira suspeita de que o objeto encontrado no museu poderia ser o Graal veio de Margarita Torres Sevilla. Professora de História Medieval da Universidade de León, ela foia primeira pessoa a visualizar uma relação entre o objeto encontrado no museu e alguns fatos narrados na Bíblia e em escritos da Idade Media. Ela disse que pesquisava objetos históricos de origem islâmica no museu quando um cálice aparentemente do antigo Egito surgiu diante de si. Isto despertou sua atenção: "Como um cálice egípcio veio para aqui em León?". 
Ela formou uma equipe de cientistas de sua confiança e foi com eles até o Cairo, no Egito. Lá eles descobriram que o cálice pertenceu a um califa que governou no norte da África no século XI. Quando o Egito passou por uma grande crise de miséria e fome, um rei de Dénia enviou comida para os egípcios. Em troca, ele pediu a relíquia sagrada que estava guardada na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, desde o ano 400. Sua intenção era dar o cálice como presente para o rei Fernando de León. O pesquisador Manuel Ortega explicou que Fernando era o monarca mais importante da Península Ibérica naquela época. "Por isto era muito interessante, para o reino de Dénia, agradar ao vizinho do reino mais potente."
Dénia é atualmente um município da província espanhola de Alicante. É lá que se encontra
O Castelo de Dénia
- foto: Wikipedia -
 o famoso Castelo de Dénia (foto), uma fortificação construída por muçulmanos no alto de uma colina, na primeira metade da Idade Média. Sua construção foi feita sobre o que restava de construções bem mais antigas.
O cálice foi parar nas mãos da Princesa Orraca, filha do rei Fernando. Para Manuel Ortega, a prova mais importante de que a princesa Orraca sabia da importância daquele cálice, tanto que ela mesma mandou que ele fosse ornamentado com diamantes e outras pedras preciosas. Assim disfarçado, o Graal teria passado por despercebido por todos esses séculos. Ortega não tem dúvida de que o objeto encontrado é mesmo o tão procurado Santo Graal.
Fontes:

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Janela de Glenn Beck

Capa da edição brasileira
da obra de Glenn Beck.
 

Como Dan Brown 
em "O Código Da Vinci"
e "Ponto de Impacto",
Glenn Beck parace estar
tentando abrir os olhos do leitor
para algo real
através de uma história de suspense.





O autor.
A história começa com um homem usando um telefone público numa área remota, no deserto de Mojave, na Califórna, Estados Unidos. Ele conversa com uma mulher sobre uma "estrutura" misteriosa que ele mesmo descobriu, e durante a conversação é assassinado com um tiro. A partir daí, desenrola-se um enredo com um misto de personagens fictícios (ou talvez com nomes modificados) e organizações que realmente existem. Ente elas: o "Army of God" ("Exército de Deus"), um grupo que, segundo dizem, é formado por pessoas que se dizem cristãs que protestam contra o aborto de crianças mas promovem ataques terroristas; o Minutemen, grupo formado por milhares de voluntários civis norte americanos armados que se revesam na fronteira com o México; e outros.
A história é sobre uma conspiração contra os Estados Unidos, preparada há cem anos para ocorrer a qualquer momento, que pode ocorrer a qualquer momento, e que poderá mudar muitas coisas em todo o mundo. Nela, o autor faz perguntas diretas ao leitor de qualquer país: E se você de repente descobrisse que a escolha da roupa que você vestiu hoje pela manhã não foi exatamente sua? E se você descobrisse, repentinamente, que muito do que você sempre acreditou nunca passou de farsas? E se você descobrisse que sua "independência pessoal" nunca existiu e que seus atos sempre foram em obediência a um "comando externo" sem você desconfiar disto?
O fato de muitas coisas nessa história de ficção poder estar relacionado a fatos reais começa pelos dados a respeito do próprio autor. Gleen Beck é um dos mais mais conceituados jornalistas dos Estados Unidos, produz e apresenta programas jornalísticos sobre política (noticiários, debates, entrevistas), é comentarista político e autor vários "best sellers" com um milhão de livros já vendidos desde meados dos anos 1990. Alguns deles:
Ficção: 

  • "The Christmas Sweater" ("O Suéter de Natal"), 
  •  
  • (2010) "The Overton Window" ("A Janela de Overton"); 
  •  
  • (2011) "The Snow Angel" ("O Anjo de Neve"), em parceria com Nicole Baart; 
  •  
  • (2012) "Agenda 21".  A "Agenda 21" é um documento que foi elaborado durante a Eco 92, a conferência internacional sobre meio ambiente que ocorreu no Rio de Janeiro. É considerada como
  •  
     um instrumento para planeja a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
    Entre suas obras de não-ficção constam "The Real America" ("A Verdadeira América"), "The Original Argument" ("O Argumento Original"), "The Seven Wonders That Will Change Your Life" ("As Sete Maravilhas que Mudarão a Sua Vida"), etc. Destaca-se o que foi lançado no ano passado: "Cowards: What Politicians, Radicals, and the Media Refuse to Say" ("Covardes: O que Políticos, Radicais e a Mídia se Recusam a Dizer").
    Em "A Janela de Overton", apresentado como obra de ficção, o personagem principal se chama "Noah" - o mesmo nome de Noé, o personagem bíblico escolhido por Deus para escapar do Dilúvio com sua família. Para ser mais exato, é Noah Gardner, um executivo de relações públicas, filho de um grande empresário, que sempre esteve protegido dos problemas do mundo por seu pai até o dia em que, através de uma jovem ativista política, descobre que os Estados Unidos e o mundo tal como o conhecemos estão prestes a serem modificados. No segundo capítulo, durante uma reunião, seu pai, Allan Parker, alerta aos participantes - entre estes, um representante do governo norte americano - sobre algo que poderá modificar suas vidas, e relembra um fato ocorrido em 2004: o tsunami que causou grandes tragédias na Indonésia e em vários países do sul da Ásia. Realmente é uma obra de ficção? Um alerta sobre o que está por vir, e que de alguma poderá influenciar nas vidas de todos nós?